2 de junho de 2013


Então se eu te perguntar sobre arte, tu, provavelmente, vais-me dar o resumo de cada livro de arte alguma vez escrito, mas eu aposto que não me podes dizer ao que cheira a Capela Sistina. Se eu te perguntar sobre mulheres, tu, provavelmente, vais-me dar uma lista dos teus gostos pessoais. Até podes ter tido algumas relações, mas não me podes dizer o que se sente ao acordar ao lado de uma mulher e aperceber-se que se é verdadeiramente feliz. Se eu te perguntar sobre a guerra, tu, provavelmente, vais-me recordar a vida de Hitler ou Mussolini, mas nunca estiveste perto de uma. Nunca seguraste a cabeça do teu melhor amigo no teu colo, vendo-o ofegar o seu último suspiro. Se eu te perguntar sobre o amor, tu, provavelmente, vais-me citar um soneto, mas nunca olhaste para uma mulher e ao mesmo tempo te sentiste completamente vulnerável. Não tens ninguém que te poderia olhar nos olhos, fazendo-te pensar que Deus colocou um anjo na terra só para ti, alguém que te poderia salvar das profundezas do inferno. E não sabes o que é preciso para ter esse anjo, para ter esse amor por ela, para estar lá para sempre, por meio de alguma coisa. Não sabes absolutamente nada sobre a perda real, porque isso só acontece quando amas algo mais do que te amas a ti próprio. Eu duvido que alguma vez tenhas ousado amar alguém tanto assim.

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